As pedras
com que você
me ajuda
a enganar a mim mesma
você poderia usá-las
para construir
um castelo
e abrigar a sua vaidade,
aquela princesa
devassa
e vadia
que se esfrega
na perna
dos poderosos
que moem os
ossos do ofício
e com seu pó
constroem
um pedestal
para pôr a
coroa do Rei.
A
argamassa
que une
o pó
ao pó
é a baba
viscosa
dos
otários
cheios
de cáries
esburacadas
que eles
tapam
com
argamassa
cinzenta
feito
durepox.
O
espelho
que os destorce
é baço
qual um
inox.
E o nó
é tão
apertado
mas
a atadura
não impede
que tudo caia
em ruínas.
As minas
já
estão
estupradas
e os
diamantes
são
escassos
mas a caça
já foi
farejada
e breve
será
um
cadáver
destrinchado
por
dentes
pontiagudos.
A
ponte é,
sobretudo,
um
abrigo
ao meu
grito mudo.
Tudo
música
para os seus
umbigos.
Um novo espaço para inquietações que talvez ultrapassem o oceano de outras tantas. No conjunto, é como a tentativa do Cubismo. Olhar e inquietar sobre todas as perspectivas uma alma profunda....
ResponderExcluirO seu poema está muito bom. Mas a frase do subtítulo me fisgou como a um peixe que nada e que observa o nada e se aliena no hábito de nadar...Eis a ruptura por onde se espraia o esboço...essa é para guardar e usar na hora de um grande grito...